tag:blogger.com,1999:blog-25881060453945818812024-03-18T20:08:37.455-07:00we can live like ~jack and sally, if you want;404 Not Found Againhttp://www.blogger.com/profile/10713029131072971933noreply@blogger.comBlogger72125tag:blogger.com,1999:blog-2588106045394581881.post-48087854850502072502011-04-22T14:33:00.000-07:002011-04-22T14:59:23.455-07:00Não Quero Mais<span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;">Eu só queria me sentir feliz<br />Sem ter que enumerar motivos para tal<br /><br />Não quero mais sofrimento<br />Nem ver beleza na auto-piedade<br /><br />Eu buscava uma tábua de salvação<br />Mas que inocência a minha!<br />Todas estão ocupadas<br /><br />Terei, eu mesma, que aprender a nadar<br /><strong>Sozinha.</strong><br /><br />Não quero afundar.</span>404 Not Found Againhttp://www.blogger.com/profile/10713029131072971933noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2588106045394581881.post-3838483703354703682011-04-06T06:39:00.000-07:002011-04-06T06:46:44.017-07:00Entenda<span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;">No extremo sofrimento, <br />No pesar da alma, <br />Na angústia de viver, <br />E com a mente perturbada: <br /><br />Fiquei cega. <br /><br />Agi por impulso <br />E fiz mal. <br />Mas por favor entenda, <br />O desespero devora-nos os miolos. <br /><br />Fui leviana e agora sofro bem mais... <br /><br />Sei que tomei a iniciativa <br />E te peço perdão. <br />Mas você também desistiu de mim, <br />De nós... <br /><br />Eu disse que ia tentar ficar bem <br />E estou tentando <br />Por isso sumi <br />Me apaguei... <br /><br />Não vou pedi, nem implorar.<br /><br />Nós dois erramos <br />Nós dois desistimos <br />Primeiro eu, depois você. <br />E por quê? <br /><br />Isso podia não ser assim <br />Você sabe que amor não nos falta.<br /><br /><br />.</span>404 Not Found Againhttp://www.blogger.com/profile/10713029131072971933noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2588106045394581881.post-91071203395362129342011-02-23T20:06:00.000-08:002011-02-23T20:28:24.984-08:00Ser sóAmar é adoecer, e eu já estou doente. Não tenho andando nada bem... Sentindo falta do que eu não posso ter, reclamando de coisas que eu não posso resolver, e falando coisas que eu não deveria falar... Tenho em mim o sentimento de abandono, as vezes acho que você nem dá importância para o que eu sinto. Não quero medir o amor, é só o que eu acho. Sei também que cada um reage de uma forma... E esse é meu problema, eu não estou reagindo, eu estou parada, deixando a vida passar. Não quero que você pense que é meu pesadelo, pelo contrário, é meu sonho. Fico esperando o dia em que possa ser real de novo, que eu possa te tocar e te sentir. Enquanto isso, eu continuo aqui, te amando, e descendo aos infernos todos os dias... Sabendo que você não aguenta mais a minha conversa que não leva a lugar nenhum. Por favor entenda, estou sofrendo tanto. Às vezes acho que vou conseguir te afastar de mim por causa disso... mas não quero. Não quero te perder. Vou sofrer calada, tentando aprender a ser só.404 Not Found Againhttp://www.blogger.com/profile/10713029131072971933noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2588106045394581881.post-10225452827064065562011-02-10T19:08:00.000-08:002011-02-10T19:17:34.010-08:00Não Sei Andar de Bicicleta<span style="font-family:trebuchet ms;">Sim, eu soube desde o início que se eu me apegasse e me apaixonasse, eu conseqüentemente, ia sofrer... Ah, sofrer! Eu passei muitos anos da minha vida evitando sofrer, por isso eu amava um amor-contido, sem tantas entregas... Por medo. Foi então que eu descobri que meu "amor-contido" não era amor... Ainda não descobri bem o que era, talvez um consolo para minha carência, mas amor? Amor não era. Acho que eu não sabia amar... Digo, amar de verdade... Amor não faltava dentro de mim, eu sempre amei, mas o meu amor dividia-se e distribuía-se para vários... Talvez por isso era um pouco-amor para cada. Não era amor o que faltava, talvez entrega. Foi aí que eu te encontrei. Na verdade, não de súbito. Você já estava ali, já tinha seu lugarzinho reservado no meu coração. Mas como eu já disse, era um amor-contido. E eu, já cansada de ter em mim esse sentimento de não-amor - vazio - resolvi mudar. Afinal, anos assim não levaram a nada, e essa minha vontade de evitar sofrimento é coisa de quem não sabe amar, pensei. E foi você que mudou esse coraçãozinho desesperado, confuso e carente, e me mostrou que – mesmo com todas as adversidades – valia à pena a entrega. Então o fiz. Entreguei-me e fui feliz como há tempos não havia. Mudei tanto, em tão pouco tempo. Coisas que você só passa a entender quando ama de verdade. Antes, o meu amor-contido e despretensioso, não me deixava ter ciúmes, ter um medo de desesperador de perda, não me importar em ser traída ou não entender certas privações... Sem falar parte boa: o quão bom é esperar os minutos pra ver quem você ama, o quão bom é acordar recebendo uma ligação, o quão bom é a vontade de não querer ficar longe, o quão feliz você se sente, o quão bom é dormir abraçadinho e vê-lo acordar, o quão orgulhosa eu sou de tê-lo, fora os carinhos, beijos e abraços. Ah, como é bom amar, viver esse amor, e melhor: ser tudo recíproco! Mas como sabíamos desde o início, esse amor seria separado, por questões geográficas - que estão por acabar comigo, e por tanto tempo eu, que evitava sofrer, vejo-me agora na pior das situações. No sofrimento, na falta, na angústia e no desespero... Mas é bom sofrer, é a prova que eu sinto, é a prova que não sou um cadáver adiado - que não sabe viver - como julguei ser por muito tempo. Mas eu sigo em frente, porque sei que mesmo distante você é meu, me faz feliz, e é quem eu amo.<br />E vocês aí, devem está pensando, e fazendo pouco caso: “Olha só, que bonitinho, agora que ela descobriu o amor...” como quem diz para uma criança de oito anos que aprende a andar de bicicleta sem rodinhas “Olha só, que bonitinho, aprendeu a andar de bicicleta...” É... O amor é assim, como bicicletas, aos poucos você vai aprendendo. E quando já não nos serve mais, podemos trocá-las por outras bicicletas, que nos comportem melhor... Mas algumas pessoas, mesmo com o passar do tempo, preferem guardá-la, mesmo que seja num canto da garagem, talvez como um afago na lembrança, talvez pela dificuldade ao desapego... Mas quem quer saber do que está por vir? Sigam com as suas bicicletas, porque o mais irônico de tudo, é que eu não sei andar em uma... Mas sei amar.</span>404 Not Found Againhttp://www.blogger.com/profile/10713029131072971933noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2588106045394581881.post-87910302623974321122010-08-17T18:03:00.000-07:002010-08-17T18:18:38.562-07:00Acho Que Sei O Que É Morrer<span style="font-family:trebuchet ms;">Sem hipérboles ou licenças poéticas<br />Sem passar um filme na minha cabeça<br />Sem ter um sonho que parecia real<br />Sem que eu fosse salva de um algum acidente<br /><strong>Tive a sensação do que é morrer</strong><br /><br />Minha visão colorida mudava<br />E tudo parecia como uma TV mal sintonizada<br />Observando tudo cinzento e sem nitidez<br /><br />Minha respiração era desesperada<br />O ar gelado doía meus pulmões<br />A cabeça pesava</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">E a fraqueza me deixava tonta</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;"><br />Cada vez mais tudo perdia a cor<br />Fechava e abria os olhos<br />Na esperança de voltar a ver tudo normal<br />Mas foi em vão<br />Fiquei à espera da luz branca.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;"><br /></span><span style="font-family:trebuchet ms;">Morrer não dói<br />O que é morrer?<br /><strong>Morrer é só o segundo.</strong><br /><br /></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">.<br /></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">.<br /></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">.<br /></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;"><br /></span><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><span style="font-family:trebuchet ms;">De repente<br />Fui melhorando... </span><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span><span style="font-family:trebuchet ms;"><br /></span><span style="font-family:trebuchet ms;"><br /><br /></span><span style="font-family:trebuchet ms;"><em>Pronto, já passou.</em><br /></span><span style="font-family:trebuchet ms;">Mas a sensação de morrer, não. </span><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;">.</span>404 Not Found Againhttp://www.blogger.com/profile/10713029131072971933noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2588106045394581881.post-8707097444446189152010-08-04T10:57:00.000-07:002011-03-08T16:11:08.424-08:00Titanic<div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">Escolheste navegar em um grande Cruzeiro</span></div><br /><div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">Mas, ao surgir um <em>iceberg</em></span></div><br /><div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><br /><div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><br /><div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><br /><div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><br /><div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><br /><div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><br /><div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;"><em></em></span></div><br /><div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;"><em>Afundas</em></span></div><br /><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><br /><div align="center"><em><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></em></div><br /><div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">E do fundo</span></div><br /><div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">lembras de procurar a <strong>tábua de salvação</strong>.</span></div><br /><div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><br /><div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">Cansei. </span></div><br /><div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">Atraque aqui,</span></div><br /><div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">Quero ser <strong>porto</strong>.</span></div>404 Not Found Againhttp://www.blogger.com/profile/10713029131072971933noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2588106045394581881.post-91950924690067336902010-07-28T15:54:00.000-07:002010-07-29T09:50:06.551-07:00Princesíndia<span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;">Branca como a neve,</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;">Lábios cor de carmim,</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;">E cabelos negros como ébano.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;"></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;">Minha Princesa,</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;">Provaste o fruto evenenado</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;">E caíste em sono profundo</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;">Descansa em paz</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;">Enquanto nós, anões</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;">Velamos o teu sono</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;">A espera de um final feliz.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;"></span>404 Not Found Againhttp://www.blogger.com/profile/10713029131072971933noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2588106045394581881.post-38826335713322920572010-04-26T12:33:00.000-07:002010-04-26T12:39:24.519-07:00O Último Adeus<span style="font-size:130%;"><span style="font-family:trebuchet ms;">Só voltei para vos dizer: A<em>mem</em>!<br />Se eu pudesse vos dar um conselho<br />Eu diria: A<em>mem</em>!<br />Era tudo o quis e não consegui.<br /><br />Amores em linha ténue…<br />Quem quer?<br />Trocaria todos por um<br />Ou uma<br />Paixão<br /><em>Se</em> eu conseguisse sentir…<br /><em>Se</em> eu não me importasse com o que viria…<br /><em>Se</em> eu não tivesse medo de arriscar...<br /><em>Se</em> eu não penssasse tanto…<br /><br /><em>Se! Se! Se!</em><br /><br />Perdi muito tempo </span><br /></span><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:trebuchet ms;">E hoje estou aqui<br />De coração <em>vazio</em><br />Prestes a parar<br />Sem <em>sentir</em><br />Oco<br /><br />Por isso vos digo: A<em>mem</em>!<br />E <em>sintam</em>!<br />Sejam felizes<br />Ou<br />Sejam tristes<br />Mas amem<br />Todos os dias de vossas vidas:<br /><br /></span><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong><em></em></strong></span><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong><em>Amém</em></strong></span></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><br /><span style="color:#000000;"><strong><em><span style="font-family:Trebuchet MS;">.</span></em></strong> </span>404 Not Found Againhttp://www.blogger.com/profile/10713029131072971933noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2588106045394581881.post-91467261198113097712009-12-23T17:51:00.000-08:002011-04-22T15:48:15.291-07:00Presente de Natal<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;">Quando eu descobri que Papai Noel não existia, parei de pedir presente para os meus <strong>pais</strong>. Não que eu quisesse alguma surpresa, eu simplesmente não queria ganhar presente, e a partir daí meu Natal era sempre igual no assunto presente. Mesmo que eu não pedisse presente, os meus pais sempre me davam, querendo me agradar. E quando se é criança tudo é mais fácil, fica contente com qualquer presente, como eu ficava quando ganhava do Papai Noel. Mas eu cresci, parei de acreditar no bom velhinho… e meus pais não me conheciam mais, e dificilmente eles conseguiam me agradar com o presente, e esse ano foi assim. Mas não deveria! É quase uma obrigação dos pais saberem o gosto dos filhos, tudo bem que eu mudo muito o meu gosto, mas só em relação à alimentação - <em>um dia gosto de carne assada, outro dia não quero ver carne assada na minha frente, um dia não gosto de abacaxi, outro dia é minha fruta preferida.</em> – Fico com uma cara sem graça, e minto que gostei do presente, mas depois acabo perguntando: <em>"Por que não me dão o dinheiro? Assim compro o que quero…"</em> E aí eles percebem que não gostei, e dizem: <em>"É a última vez que compro presente pra ti",</em> e começa a chateação anual. E desde que eu não acredito em Papai Noel, meus pais dizem que é a última vez que compram presente pra mim.<br />Não sei porque, mas fico mais sensível essa época do ano, sempre tenho uma depressão pré-natal. E embora seja bobagem, essa pequena chateação com meus pais me deixava angustiada. Aliás, datas como Natal, Ano Novo e meu Aniversário me deixam assim, talvez por pensar demais sobre. Ano passado também tive essa depressão pré-natal também, que se estendeu para depressão total de Natal. Ano passado passei o primeiro natal sem meu pai, passei só com minha mãe e meu irmão, alheios na casa de um parente. Não lembro se ganhei presente dos outros, devo ter ganhado, mas lembro que não ganhei o presente dos meus pais, o tal <em>“presente não quisto”.</em> E sabem de uma coisa? Senti muita falta, não pelo fato de não receber o presente, mas porque ele representava algo bem maior, era a constatação de que meus pais lembram-se de mim, e sempre fazem tudo para me agradar e me ver feliz. Esse ano com a família reunida novamente, ganhei o <em>“presente não quisto”,</em> aconteceu a mesma chateação de sempre, e acreditem, fico muito feliz por ainda tê-los ao meu lado para eu poder me chatear, porque são eles o meu verdadeiro presente de natal. </span></div>404 Not Found Againhttp://www.blogger.com/profile/10713029131072971933noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2588106045394581881.post-88232892309415635962009-07-18T17:14:00.000-07:002009-07-18T17:20:13.841-07:00Soldado Da Rua<span style="font-size:130%;"><span style="font-family:trebuchet ms;"><em>Sinal vermelho. Era uma noite linda, com poucas nuvens e estrelas, mas que tinha sua beleza pela lua minguante que sorria pra mim como Cheshire Cat. No sinal, algo me chama atenção: bolas de fogo que pareciam flutuar no ar. A cor preta dos malabares que pareciam tacos de baseball, se contrastavam com a noite. Achei aquilo mágico, quatro bolas de fogo levitando no ar. De repente ele perde a concentração e um dos malabares cai no chão, mas rapidamente ele o pega e a apresentação prossegue. O sujeito era branco, não tão alto, e careca, mas não um careca de calvice, um careca que quer ser careca, ou algo que o exige ser careca. Usava uma máscara de químico, e tinha o rosto e os braços sujos de algo preto, como soldados que fazem pinturas no rosto para de camuflar em alguma batalha. Percebi que a batalha dele era outra: a batalha do dia-a-dia, da noite-a-noite, a batalha da vida. Ninguém faz malabares no sinal pela pura e simples arte, mas porque foi a forma que encontraram de ganhar dinheiro. Ao terminar a apresentação, ele pára e olha atento aos primeiros carros. Ninguém com os braços estendidos para dar-lhe uma moeda, muito menos aplausos e prestígio. Ele vai caminhando entre os carros, passando por perto das janelas, em busca de “uma caridade”, mas nada dizia. Peguei algumas moedas na carteira, na verdade, todas as que eu tinha, nada que passasse de dois reais e de seu real valor. Ao ver que alguém - eu - estendia a mão pela janela, ele apressou o passo - o sinal não ia demorar para abrir – pegou as moedas e abaixou a cabeça em direção a janela do carro. Me olhou com olhos tão vivos e brilhantes ao mesmo tempo assustados. Sorri. Ele ficou paralisado, olhando-me por poucos segundos.<br />- Obrigada. – eu disse sorrindo.<br />Ele deu um estalo e voltou em si, mas não deve ter me entendido. Não falou nada, fez um gesto agradecendo e seguiu.</em></span><br /><em><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span></em></span><br /><em><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:85%;color:#ccccff;">*texto antigo, dezembro de 2008*</span></em>404 Not Found Againhttp://www.blogger.com/profile/10713029131072971933noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2588106045394581881.post-26979020677839012692009-07-10T19:52:00.000-07:002011-04-22T15:48:34.962-07:00Cons[ci]ente<div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;">- Porra, tu não tem limite! - ele diz, reclamando.</span></div><br /><div align="left"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;">- Não, não tenho, não... - irônica e zangada, só digo isso e penso "ele realmente <strong>ainda</strong> não me viu passar dos limites".</span></div><br /><div align="left"><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:130%;"></span></div><br /><div align="left"><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:130%;"></span></div><br /><div align="left"><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:130%;"></span></div><br /><div align="left"><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:130%;"></span></div><br /><div align="left"><span style="font-family:Trebuchet MS;font-size:130%;">.</span></div>404 Not Found Againhttp://www.blogger.com/profile/10713029131072971933noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2588106045394581881.post-8531108577246272282009-07-07T18:50:00.001-07:002009-07-07T18:56:53.722-07:00Ócio<span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;"><strong>Ando tão apática</strong></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;"><strong>Porém tão pensativa...</strong></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;"><strong>Cheia de filosofia barata</strong></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;"><strong>Encontrada em qualquer </strong></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;"><strong>Banca de revista.</strong></span>404 Not Found Againhttp://www.blogger.com/profile/10713029131072971933noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2588106045394581881.post-32941625766529065872009-05-24T11:30:00.000-07:002009-05-24T12:09:07.538-07:00Na Garrafa<span style="font-family:verdana;">Em alguma noite<br />De solidão acompanhada<br />Nos bares de esquina<br />Cheios de conversa afiada<br />E escárnio<br />Cheiro de impureza<br />E alegria passageira<br />Ou tristeza profunda<br />Numa garrafa de vinho<br />Coloquei meu amor<br />E tapei com uma rolha<br />Joguei-o no mar<br />Sem muito saber<br />Onde ia parar<br />Mas quem o encontrar<br /><span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_0">Faça</span> o favor de devolver-me<br />Eu esqueci de uma coisa:<br />Dar a última golada de vinho.</span>404 Not Found Againhttp://www.blogger.com/profile/10713029131072971933noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2588106045394581881.post-11468336518857019402009-05-14T13:08:00.001-07:002009-05-14T13:09:52.625-07:00Grito!<span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;">Eu quero ser um grito!<br />Um grito descrito<br />E um grito escrito<br />O grito mais esperado<br />E o mais desesperado<br />O grito dos aflitos<br />E um grito de conflito<br />O grito de realidade<br />E o de teatralidade<br />O grito dos que temem<br />E dos que pretendem<br /><br />Eu quero ser um grito!<br />O grito de imensa dor<br />E um grito animador<br />O grito da vitória<br />E um grito de escapatória<br />Um grito de virgindade<br />E um grito de virilidade<br />Um grito de felicidade<br />E de incredulidade<br />Um grito sozinho<br />Ou um grito com o vizinho<br /><br />Eu quero ser um grito!<br />O grito dos mudos<br />E dos surdos<br />O grito de liberdade<br />E de insanidade<br />O grito mais silencioso<br />E o mais estrondoso<br />O grito da vida<br />E o da partida<br />E o grito mais bonito<br />É um grito infinito.</span>404 Not Found Againhttp://www.blogger.com/profile/10713029131072971933noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-2588106045394581881.post-19599574218420253822009-05-11T09:53:00.000-07:002009-05-11T09:59:23.534-07:00Um Sábio Entre Gigantes<div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Um sábio gigante que conseguia alcançar os céus, assistia de cima tudo o que acontecia em baixo dos seus pés. Olhava do alto - pela janela de sua casa, nas nuvens - aquela confusão que acontecia: eram as formigas. Todo dia olhava aquelas formigas amontoadas, sem organização... Não entendia porque aquilo acontecia, então o gigante pediu para um amigo mágico que era seu vizinho e morava na casa das nuvens à sua frente que o transformasse em uma formiga. Nem se preocupou em fazer perguntas sobre a tal transformação e suas conseqüências, queria logo saber porque as formigas viviam daquele jeito.<br />Chegando lá em baixo ficou assustado com aquela confusão e caos. Umas comandavam e outras obedeciam, umas seguiam outras e outras eram seguidas, umas trabalhavam muito e outras não faziam nada, umas falavam alto e brigavam e outras se calavam e abaixavam a cabeça, muitas se amavam e outras continuavam solitárias. Percebeu que não eram formigas, eram pessoas iguais a ele, só que menores. Não gostou de ficar ali, preferia a tranqüilidade e calmaria do céu, mas era tarde demais, não tinha como falar com seu amigo mágico pois ele estava há milhares de metros acima. Tentou chamá-lo várias vezes pelo seu nome, mas foi em vão, poderia ficar ali até a eternidade e sua voz a chamar nunca ia alcançar os céus.<br />Frustrado e conformado, resolveu que iria ser uma formiga tal qual elas eram. Quando de repente escuta uma voz soprada no vento, que dizia:<br />- Não é porque você agora é formiga que deixou de ser gigante. Olhavas tudo de longe e não conseguias entender o que se passava, agora que estás da altura das formigas e observando tudo de perto, continue a olhar de cima como um gigante, mas olhe agora para frente. Sábios sempre são sábios, e conseguem enxergar alto de onde quer que estejam.</span></div>404 Not Found Againhttp://www.blogger.com/profile/10713029131072971933noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2588106045394581881.post-48186300636703839612009-05-10T07:46:00.000-07:002009-05-10T07:48:58.940-07:00Outra Vez<div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">A </span></div><div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">mente </span></div><div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">vencera </span></div><div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">o coração, </span></div><div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">e estou feliz</span></div><div align="center"><span style="font-family:trebuchet ms;">pois nada mais sinto.</span></div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span> </div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;"></span> </div><div align="center"><span style="font-family:Trebuchet MS;">.</span></div>404 Not Found Againhttp://www.blogger.com/profile/10713029131072971933noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2588106045394581881.post-91189332765909226032009-05-06T11:31:00.000-07:002009-05-06T11:34:58.794-07:00Poliamor Amador<span style="font-family:times new roman;"><strong>Eu amo muito</strong>[s].<br /><strong>Em cada canto<br />Deixo meu canto<br />E meu encanto<br /></strong><br /><strong>Em cada lugar</strong><br /><strong>Tenho</strong> [um] <strong>amado<br />Tenho </strong>[me] <strong>gastado<br />Me aproveitado,<br />Acabado... Gozado!<br /></strong><br /><strong>Como é possível amar tanto?<br />Assim, sem razão...<br />Amar o amar<br />Só por amar</strong><br /><br /><strong>Amo o calor<br />O ardor, o suor<br />O sabor, o vigor<br />Amo a dor</strong><br /><br /><strong>A dor de quem ama?<br />Sou um amador!</strong><br /><strong>Que</strong>[m] <strong>diz que muito ama</strong><br /><strong>Mas nada sabe.</strong></span>404 Not Found Againhttp://www.blogger.com/profile/10713029131072971933noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2588106045394581881.post-31422748191747074822009-04-26T01:55:00.000-07:002011-04-22T15:48:56.862-07:00O Casório<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWlFXGzfl-Zmwg7MX87SvruhkEz8aZd07m9l2geFKOAwu8B3ahjGV5gMjbeJ3VFLv4tv_DDeRkLmUkBBc1cLA354mokxYahaE5XehdxBGHU5WdkYy4fLQxb0A33I8v0eBC2tQdEzXoo1Y/s1600-h/cas%C3%B3rio.JPG"><img style="WIDTH: 255px; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5328921443056255570" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWlFXGzfl-Zmwg7MX87SvruhkEz8aZd07m9l2geFKOAwu8B3ahjGV5gMjbeJ3VFLv4tv_DDeRkLmUkBBc1cLA354mokxYahaE5XehdxBGHU5WdkYy4fLQxb0A33I8v0eBC2tQdEzXoo1Y/s320/cas%C3%B3rio.JPG" /></a><br /><br /><div></div><br /><div></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><br /><div><span style="font-family:trebuchet ms;">Num pequeno vilarejo do Maranhão<br />Moravam pessoas de bom coração<br />Vilarejo este onde todos de conheciam<br />E namorar à vontade nem todos podiam<br /><br />Casamentos todos os dias aconteciam<br />Mas nem sempre os casais se mereciam<br />O padre Onório atormentado com tanto casório<br />Saiu da pequena cidade rumo ao sanatório<br /><br />Com a ausência do padre, o povo se entristeceu<br />E com sua falta, casamento nenhum aconteceu<br />Para resolver o problema fizeram uma reunião<br />Com idéias reunidas encontraram uma solução<br /><br />No vilarejo vizinho muitos padres haviam<br />Tão bom quanto Onório todos desconheciam<br />Agoniados e aflitos de tanto procurar<br />Deixaram e deixaram o tempo passar<br /><br />De tanto esperar, os noivados estavam para acabar<br />As noivas desesperadas sem saber se iam casar<br />Mas como nenhum padre queriam<br />A solução se foi e casamentos não haviam<br /><br />Mais um dia naquele vilarejo se passou<br />E o sorriso no rosto de todos brotou<br />O padre Onório reapareceu<br />E logo um casamento aconteceu<br /><br />Com a volta do padre, uma festa aconteceu<br />Organizada pela igreja pois padre Onório mereceu<br />Os moradores muito alegres comemoravam<br />E no vilarejo todos agradecidos estavam<br /><br />Casamentos era o que não faltavam mais<br />Mas Padre Onório não reclamava jamais<br />Todos estavam muito felizes e satisfeitos<br />E seus casamentos foram mais que perfeitos<br /><br />Florentina moça bonita, namora com Chicão<br />E namoradinhos desde criança eles são<br />O casório dos dois era o mais esperado<br />E de tanto esperar já estavam agoniados<br /><br />O noivo Chicão não sabia o que vestir<br />Então foi no alfaiate se decidir<br />Foi a mãe da noiva que o vestido fez<br />E bonito ficou pois ele era xadrez<br /><br />Padre Onório feliz da vida ficou<br />Pois fará o casamento de sempre desejou<br />O tão esperado casório ia acontecer<br />As famílias faziam gosto de comparecer<br /><br />Com tudo decidido e preparado<br />O casamento foi celebrado<br />E depois da celebração<br />Todos foram se divertir em um festão<br /><br />Alguns meses então se passaram<br />E as festas por lá não acabaram<br />Pois era época de carnaval em fevereiro<br />E fizeram um baile para quem fosse solteiro<br /><br />Todos do baile estavam mascarados<br />Pois casamentos poderiam ser acabados<br />O Chicão falou que iria viajar<br />E com saudades de Florentina iria ficar<br /><br />Aproveitando a viagem do marido<br />Florentina no baile de mascaras teria ido<br />Conheceu um rapaz de quem muito gostou<br />E quase no fim da festa um beijo rolou<br /><br />Para verem seus rostos às mascaras tiraram<br />E todos os dois surpresos ficaram<br />Florentina olhou para o seu marido Chicão<br />E os dois ficaram inconformados com a dupla traição.<br /><br />27.02.2007 - em forma de cordel :)</span></div>404 Not Found Againhttp://www.blogger.com/profile/10713029131072971933noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2588106045394581881.post-64518119358703946232009-03-30T10:59:00.000-07:002009-03-30T11:41:33.367-07:00Alucinações na Madruga<div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Eu e duas pessoas fisicamente idênticas, andávamos em uma noite fria de sábado. Íamos em <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">direção</span> a escola, mas não íamos para a escola, o restaurante ficava na mesma <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">direção</span>. Andávamos apressadas, além de atrasadas, andar esquenta o corpo, e eu que havia escolhido um vestido para aquela ocasião, e morria de frio da cintura pra baixo. A ocasião era um jantar, feito para comemorar o décimo oitavo aniversário de uma garota da minha sala, simpática e pequenina, assim como a maioria, que aparenta ter menos idade do que realmente têm. Ao chegarmos na porta do restaurante, só uma pessoa, amiga das duas pessoas fisicamente idênticas, nos cumprimentados. Não demoraram muitos minutos até que a aniversariante chegou, de braços dados com um rapaz, que pra mim, era o seu namorado. Todos se cumprimentaram com os típicos dois beijinhos, ele como não me conhecia, ao me cumprimentar disse seu nome, em seguida, disse o meu.<br />- És portuguesa?<br />- Não, não. Brasileira.<br />Rimos. Esperamos um pouco do lado de fora, e eu continua a tremer de frio. Ao entrar no restaurante, uma mesa enorme pra 40 pessoas nos esperava. Sentamos um pouco ao meio. As duas pessoas idênticas fisicamente, sentaram ao meu lado direito, a aniversariante na frente delas, a minha frente uma desconhecida, ao lado dela, o tal rapaz que chegou de braços dados com a aniversariante. Com o decorrer do tempo, mais pessoas iam chegando, sentando-se e conversando. Ele, o rapaz, começou a puxar assunto comigo, perguntou de que parte do Brasil eu era.<br />- Do Nordeste.<br />- Não conheço. Mas sei um pouco sobre o Brasil, minha <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">namo</span>... ex-namorada era brasileira, então...<br />- Ah... Legal. – disse, sem saber muito que dizer.<br />- <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">Faz</span> tempo que tu estás aqui?<br />- Não... só dois meses.<br />- Eu também não sou daqui, sou colombiano, mas moro aqui faz tempo. – disse.<br />Enquanto isso, íamos conversando aos poucos, em cada brecha que aparecia ele me fazia uma pergunta, e eu, prontamente respondia, tímida, mas respondia. Todos conversavam, felizes. Foi aí que pediram vinho, vinho, mais vinho... As meninas começaram a ficar <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">alegrinhas</span> e falar alto. Alguém havia levado uma bebida, perguntei o nome, me disseram, mas não lembro, é um nome comum, mas estranho para bebida. Senti o cheiro.<br />- Parece <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">tequila</span>. Não é <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">tequila</span>?<br />- Não. – o tal rapaz disse. É uma bebida tipicamente portuguesa, prova.<br />- Não, não, obrigada. Não gosto.<br />- Prova, se tu gostares...<br />- Ta bem. – aceitei.<br />Peguei a taça, levando em <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">direção</span> a boca.<br />- Bebe tudo. – disse outro rapaz.<br />Virei a taça. Achei horrível, nada que eu não soubesse que iria achar.<br />- É horrível! Muito forte.<br />O tal rapaz começou a falar de bebidas, percebi que entendia do assunto. Cachaça é brasileira, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">tequila</span> é mexicana... e por aí ele foi falando da origem de cada bebida, e perguntou se eu gostava. <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">Disse</span> que não, que quando bebia era vodka.<br />- <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">Ahhh</span>, a vodka é da Rússia... a minha bebida preferida, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">coincidentemente</span> é vodka também.<br />- É a única que eu gosto. – disse.<br />A aniversariante, já alegre, começou a brindar e falar:<br />- Sou solteira e sou feliz!<br />Para o meu engano, ela e o tal rapaz, não eram namorados. Ao acabar o jantar. Eu e mais 39 pessoas fomos para a porta do restaurante. E o frio intenso do lado de fora. Todos estavam conversando, resolvendo se iríamos mesmo para uma boate. Os <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12">fumantes</span> que tinham cigarro, fumavam, os que não tinham perguntavam pra todos que viam pela frente se tinham cigarro ou se tinham moedas pra dar para eles comprarem. Nisso, chegou um perguntando se eu tinha cigarro.<br />- Não, não tenho.<br />- Então me dá 20 cêntimos pra eu comprar?<br />- Não tenho trocado, só tenho moeda de um euro.<br />- És brasileira?<br />- Sou.<br />- Ô gatinha, me dá 20 cêntimos, vai.<br />- Eu não tenho. – procurei na carteira, e só achei 2 cêntimos.<br />- Toma, só tenho 2 cêntimos.<br />Sorriu e foi pedir mais moedas para outras pessoas. Provavelmente estava bêbado. Enquanto íamos pra boate, andando naquele frio que me fazia tremer, esse tal rapaz que queria cigarros, voltou e me pediu mais dinheiro, tornei a falar que não tinha. Ele começou a falar:<br />- Ah, me dá um cigarro...<br />- Eu não tenho, sério.<br />- Tu fumas <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13">crack</span>?<br />- Não, fumo não. – Ri. Geralmente quem fuma <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_14">crack</span> é quem mora em favela. – disse.<br />- Favela? Eu vou pro Brasil contigo fumar <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_15">crack</span>.<br />- Você sabe o que é <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_16">crack</span>?<br />- Não, mas eu vou contigo fumar <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_17">crack</span>. Eu vou com a brasileira fumar <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_18">crack</span>!<br />O rapaz que eu havia conversado, perguntou se ele estava me incomodando.<br />- Não, não, deixa ele pra lá.<br />- Ô sai de perto da brasileira que ela é minha. – o bêbado do cigarro disse.<br />- Sou sua? Nossa...<br />Me irritei, e ele percebeu.<br />- Vem que eu te acompanho. – e estendeu o braço pra mim.<br />Andávamos como namorados, e conversávamos como estranhos, na madrugada fria. O cara chato ficou pra trás, assim como muitos. Estávamos em um grupo de 10 pessoas indo para a boate. Ele perguntou como era a escola no Brasil, expliquei:</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Verdana;">- Ah, é bem diferente, lá nós temos 10 disciplinas, não pode sair na hora do intervalo, nem fumar na porta, nem namorar...</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Verdana;">- Não pode namorar?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Verdana;">- Não... - Ri, ele também.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Verdana;">- A minha escola é diferente, segue o modelo britânico. Nós que escolhemos as disciplinas, tenho economia, matemática, e outras línguas estrangeiras.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Verdana;">- Quais línguas?</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Verdana;">- Eu sei falar português, inglês, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_19">frânces</span> e espanhol, perfeitamente.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Verdana;">- Perfeitamente? Nossa! - espantei-me, achei alguém que realmente estudava aqui, maioria não gosta de estudar.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Verdana;">- É... e sei um pouco de alemão também. - disse tímido.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Continuamos a conversar, até que chegamos na porta da boate fazendo barulho. Não nos deixaram entrar. Só entram quem eles querem, independente se você ser maior de idade, rico, entrar de casal, se eles não quiserem inventam uma desculpa pra não deixarem entrar.<br />- Que horas podemos entrar?<br />- A partir das duas horas, no mínimo. Agora só podem entrar casais e maiores de idade.<br />- Mas nós somos maiores de idade...<br />- Mas eu digo maiores que a idade de vocês.<br />A vontade de socar esse cara era enorme, mas fiquei calada. Resolvemos então entrar de casais, mas tinham mais meninas que meninos. O tal rapaz disse que podia entrar com a aniversariante e comigo. Uma por vez.<br />- Eu entro com contigo e com a...<br />Esqueceu o meu nome. É perdoável, afinal, meu nome pra eles é diferente. Nessa discussão de quem ia entrar com quem, aniversariante ligou pra alguém, assim ela resolveu que todos iam fazer hora no apartamento de alguém e depois ir pra boate. Mais uma discussão. A maioria não conhecia as pessoas que iam está nesse apartamento, nem quem era o dono, e nem o que eles estavam fazendo nesse apartamento. Houveram gritos no meio da rua, o clima ficou tenso com o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_20">stress</span> e o frio, mas todos acabaram indo pro tal apartamento. Estavam lá várias pessoas que estavam no jantar. Muitas pessoas bêbadas e fumando, não conversavam, muitos eram apáticos, e as meninas bêbadas davam em cima do tal rapaz.<br />- Sabia que te acho muito giro? – fala a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_21">grandona</span> bêbada insinuando-se e quase o beijando.<br />- Obrigado. – ele riu, sem graça.<br />Enquanto observava, resolvi ir embora e ligar pro rapaz mais velho. Estava <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_22">entediada</span>, e boate não me agradava, disseram-me que lá não precisa nem de gelo seco, a fumaça dos cigarros dá o mesmo efeito. Pedi as duas pessoas idênticas fisicamente que me explicassem onde era o endereço do apartamento pro rapaz mais velho vir me buscar de táxi. Não sabiam me explicar, perguntei a mais duas pessoas, também não sabiam. Perguntei ao tal rapaz.<br />- Já vais embora?<br />- Já...<br />- <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_23">Hmm</span>, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_24">ok</span>. – fez uma cara de decepção e pensativo.<br />Ele tentou explicar mas o rapaz mais velho não entendeu. Pediu um ponto de referência pra mim, eu não sabia, perguntei ao rapaz, ele disse um supermercado. Se eu quisesse iria comigo até lá para o rapaz mais velho me buscar na porta do supermercado. Acho que não sabia que o tal supermercado ficava longe, só acho.<br />Resolvi procurar a aniversariante que havia sumido entre as muitas pessoas naquele apartamento pequenino. Encontrei-a e pedi que me dissesse um ponto de referência próximo. A clínica. Sabes onde é? Sim! O rapaz mais velho sabia. Ela disse que ia me deixar, o tal rapaz disse que ia <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_25">conosco</span>, ficou chateado com as meninas bêbadas que o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_26">xavecavam</span>, na verdade, era mais que um <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_27">xaveco</span>. A aniversariante disse pra ele não ligar, afinal, elas estavam bêbadas. Ele não disse nada, pegamos o elevador e descemos. No caminho até a clínica, nós três conversávamos. A aniversariante uns passos à frente e ele ao meu lado.<br />- Me dá o teu telefone?<br />A aniversariante olhou com olhos maliciosos pra cima dele. Sorri.<br />- <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_28">Hmmm</span><br />- Não me olhes assim, não posso ter amigos?<br />Dei o telefone, afinal, não posso ter amigos? Ri. Pensei um pouquinho e pedi o dele. Ele ia salvar no celular, mas...<br />- Esqueci o seu nome.<br />Repeti.<br />- Mas é com Y.<br />- E tu sabes o meu?<br />- Sei. – Ri.<br />- Mas é com G.<br />Engraçado, se fosse no Brasil diriam que foi erro de cartório. Salvei. Chegamos em frente à clínica, sentamos na escadaria e ficamos conversando, nós três. A aniversariante perguntou:<br />- Ô Amor, não acontece sempre isso quando saímos. Achas que vão deixar tu saíres de novo <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_29">conosco</span>?<br />- Vão sim, não se preocupa.<br />- Nem te divertistes, mas o jantar foi bom. – ela disse.<br />- Foi sim. – disse sorrindo.<br />O rapaz mais velho no táxi chegou, ao me despedir ele disse:<br />- Desculpa não ter tido uma noite mais fixe.<br />- É amor, da próxima vez vai ser melhor. Quando chegares em casa me manda uma mensagem dizendo que chegaste bem.<br />Falei que não tinha problema, e realmente não havia, o jantar fora bom. Agradeci, entrei no táxi, e segui.</span></div>404 Not Found Againhttp://www.blogger.com/profile/10713029131072971933noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2588106045394581881.post-53501152852080595852009-03-19T02:33:00.000-07:002009-03-19T04:11:05.103-07:00Nada<span style="font-family:georgia;">Toda adaptação é difícil</span><br /><span style="font-family:georgia;">Pra pelo menos uma só pessoa</span><br /><span style="font-family:georgia;">Mas é difícil.</span><br /><span style="font-family:georgia;">Não reclamo</span><br /><span style="font-family:georgia;">Mas não escondo minha tristeza</span><br /><span style="font-family:georgia;">Tenho os olhos assustados</span><br /><span style="font-family:georgia;">Sempre prestes a desabar</span><br /><span style="font-family:georgia;">Minha voz é calada, trêmula</span><br /><span style="font-family:georgia;">Preciso parar de prender o choro</span><br /><span style="font-family:georgia;">Preciso desabafar</span><br /><span style="font-family:georgia;">Preciso do teu abraço,</span><br /><span style="font-family:georgia;">Encostar meu queixo no teu ombro</span><br /><span style="font-family:georgia;">E não dizer nada...</span><br /><span style="font-family:georgia;">Só ouvir o barulho da minha respiração</span><br />E me sentir protegida<br /><span style="font-family:georgia;"></span><br /><span style="font-family:georgia;">Não ando só<br />Ando com a solidão, eu e ela<br />De mãos dadas<br />Passeando, perdidos...</span><br /><span style="font-family:georgia;">Sei que vai passar</span><br /><span style="font-family:georgia;">Mas nessas horas... </span><br /><span style="font-family:georgia;">- Onde está seu otimismo?</span><br /><span style="font-family:georgia;">Ele está ali, por último...</span><br /><span style="font-family:georgia;">Como a esperança na caixa de Pandora.</span><br /><span style="font-family:georgia;"></span><br /><span style="font-family:georgia;">Dois dias</span><br /><span style="font-family:georgia;">Suficientes pra eu perder o brilho dos meus olhos</span><br /><span style="font-family:georgia;">E andar, triste e só</span><br /><span style="font-family:georgia;">Triste, enfim.</span>404 Not Found Againhttp://www.blogger.com/profile/10713029131072971933noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2588106045394581881.post-32786635493188877372009-03-05T08:02:00.000-08:002009-03-05T08:03:51.122-08:00O Zé<span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;">Zé Mané</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;">Zé Pequeno</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;">Zé Ninguém</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;">Zé Qualquer</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;"></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;">Tens má fama</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;">Mas eu te <em>[dif]</em>amo.</span>404 Not Found Againhttp://www.blogger.com/profile/10713029131072971933noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2588106045394581881.post-23352258818406839762009-02-26T09:31:00.000-08:002009-03-02T15:54:33.266-08:00Grande Salto<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:130%;">Aquilo não fora uma briga, nem tiro, nem atropelamento. Mas aquele silêncio indicava que nem tudo estava bem. Cheguei perto do pequeno círculo de pessoas que se formara em torno do acontecimento. Era uma jovem caída no chão. - Foi suicídio. - murmuravam. Tão bela, tão jovem... Não tinham muitas pessoas ali, talvez acontecera a pouco. E cada vez mais, misteriosamente, surgiam curiosos, como formigas que surgem pra pegar um pedaço de doce caído no chão. Eu, um dos curiosos, cheguei mais perto, fitando-a. Algo me chamava atenção: não havia nenhum resquício de sangue, só ossos quebrados, talvez... - a perícia ainda não havia chegado. - Mas o que realmente me intrigou foi seu corpo, estava virado para cima. Ela, com um vestido branco e de braços abertos, estava de olhos fechados, com uma feição serena e com o rosto virado para o céu. Como um anjo sem asas que precisa fazer um pouso forçado, e sem resultados esperados, se entrega, fecha os olhos, mas mesmo assim continua visando o céu.</span> </div><div align="justify"><br /></div><p align="center"><span style="font-family:Verdana;font-size:130%;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhT7u0wzOWmvYXvf1TpoDdRZtY2__EbFDk2mZ7tUSItblBSHWcdZ09bLbrB7PkYxKHZHLyBbxJIpmM3hDqXH-BdoSjMBAyq0T7xNw6EqOheKUWUA9tNItucFsyztW1lXnZmzgYQrnCmKFY/s1600-h/RL002096.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5307179159905682706" style="WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 199px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhT7u0wzOWmvYXvf1TpoDdRZtY2__EbFDk2mZ7tUSItblBSHWcdZ09bLbrB7PkYxKHZHLyBbxJIpmM3hDqXH-BdoSjMBAyq0T7xNw6EqOheKUWUA9tNItucFsyztW1lXnZmzgYQrnCmKFY/s200/RL002096.jpg" border="0" /></a></span></p>404 Not Found Againhttp://www.blogger.com/profile/10713029131072971933noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2588106045394581881.post-68739157431958544452009-02-24T15:42:00.000-08:002009-02-24T16:18:06.692-08:00Já é Carnaval?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV76MeQFtQgVNYQN2bAB_PGOuZXKnBJ0D8tibc-urCUJOqtb9Ul9wa4SOOe7Z4wyjVvFIsHNuLwp9o2pTSlhfsh-iODhGOoYS6vu0jxIujgFKlSVpeCL-Xt6f3PkLZZHELiE-vfuQ-fls/s1600-h/carnaval.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5306521482818527090" style="WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 138px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV76MeQFtQgVNYQN2bAB_PGOuZXKnBJ0D8tibc-urCUJOqtb9Ul9wa4SOOe7Z4wyjVvFIsHNuLwp9o2pTSlhfsh-iODhGOoYS6vu0jxIujgFKlSVpeCL-Xt6f3PkLZZHELiE-vfuQ-fls/s200/carnaval.JPG" border="0" /></a><br /><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Não senti o <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_0">Carnaval</span> chegar<br />Mas sabia que ele estava chegando<br />Nas lojas: máscaras e fantasias<br /><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">Confete</span> e serpentina eram vendidos<br /><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">Marchinhas</span> estavam a tocar em alguns lugares<br />Na televisão, anunciavam um baile de máscaras!<br />Estava no calendário: feriado<br />Mas nada mudou<br />O trânsito fluía normalmente<br />Ouvia-se o barulho corriqueiro dos carros<br /><strong>E todos foram trabalhar</strong><br />A cidade não parou<br /><em>Eu parei</em><br />Foi a primeira vez que senti saudade do meu país<br />E não das pessoas.</span>404 Not Found Againhttp://www.blogger.com/profile/10713029131072971933noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2588106045394581881.post-56624880192884060032009-02-16T15:37:00.000-08:002009-02-16T16:18:58.836-08:00Braga<span style="font-family:trebuchet ms;">Meu tempo mudou. </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Meu espaço também. </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Ao tempo, lhe adicionei 3 horas. </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Ao espaço, adicionei a distância. </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Ah, Portugal... </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Quero provar do teu sabor </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Comer o teu melhor bacalhau </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">E encontrar em ti, um amor </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Quero sentir a brisa gelada congelar o meu nariz </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Alimentar as pombas da Praça das Laranjeiras </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Dá um beijo em frente ao chafariz </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">E vagar nas noites frias, e acordar com olheiras </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Quero olhar sempre riscos luminosos no céu </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Observar a mudança das árvores em cada estação </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Comer Pastéis de Belém na padaria do seu Manuel </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">E usar de teus encantos a minha inspiração</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Quero caminhar pelo asfalto acinzentado feito de pedrinhas </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Ouvir o barulho dos carros de polícia vindo da avenida </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Comprar coisas antigas nas feirinhas </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">E ficar feliz, por ti, ter sido acolhida </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Quero participar do balé dos guarda-chuvas ao chover </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Enviar cartas na caixa de correio, que parecem irmão mais velho do hidrante </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Que essas cartas mostrem o quão bela és, Portugal, a meu ver </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Nesta cabeça que se diz inconstante</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Quero carregar comigo toda tua bagagem</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Passear pelo centro e conhecer tua história </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Conhecer dos teus filhos, vossa linguagem </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">E guardar-te em minha memória.</span>404 Not Found Againhttp://www.blogger.com/profile/10713029131072971933noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2588106045394581881.post-17922740848229129702009-02-08T15:10:00.000-08:002009-02-08T15:18:39.253-08:00Fórmula do Esquecimento<div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong>Quero te esquecer. Vou te esquecer. Preciso te esquecer.</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong>Quero te esquecer. Vou te esquecer. Preciso te esquecer. </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong>Quero te esquecer. Vou te esquecer. Preciso te esquecer.</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong>Quero te esquecer. Vou te esquecer. Preciso te esquecer. </strong><br /></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong>Quero te esquecer. Vou te esquecer. Preciso te esquecer.</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong>Quero te esquecer. Vou te esquecer. Preciso te esquecer. </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong>Quero te esquecer. Vou te esquecer. Preciso te esquecer.</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong>Quero te esquecer. Vou te esquecer. Preciso te esquecer. </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong>Quero te esquecer. Vou te esquecer. Preciso te esquecer.</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong>Quero te esquecer. Vou te esquecer. Preciso te esquecer. </strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong>Quero te esquecer. Vou te esquecer. Preciso te esquecer.</strong></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Já era, não dá mais, quand</span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2Cx9Z15i-94VF1gCiYCbq_qGx7wq-UBYH9lL4VHOUmdi_daJMM-lCapmhyphenhyphenQHZVC4cMe1XxDG_hgzIbDHvvU0u6ytkCv7OMJJOe14Wr_8afT0o3g12gVnMxgZNvqyLXoahdc1palwODWM/s1600-h/Bitmap_em_desenho_lucas2.gif"></a><span style="font-family:trebuchet ms;">o lembro de te esquecer é que não te esqueço <strong>jamais</strong>.</span></div>404 Not Found Againhttp://www.blogger.com/profile/10713029131072971933noreply@blogger.com3